domingo, 8 de junho de 2008

Artesanato

ARTESANATO

O Cercal mantém vivas tradições e técnicas muito antigas, que rareiam por todo o concelho e fazem desta terra um exemplo singular de autenticidade.

Propomos-lhe uma viagem pela criatividade dos Cercalenses:

ARTESANATO
Azulejaria
Calçado
Correaria
Miniaturas em Movimento
Olaria
Trabalhos em Cortiça - “mochos”
- cocharros
- escultura
Trabalhos em Madeira - cadeiras e bancos - esculturas
Trapologia

AZULEJARIA

A azulejaria revela-se na execução de painéis, com aplicação de várias técnicas
Isabel Ramos, artesã de profissão, executa com saber e prazer painéis de azulejos, com recurso às técnicas mais difíceis, como o enchimento e a escavagem.
Dedica-se também a aplicar os azulejos que pinta em diversas peças de uso quotidiano, como tabuleiros, caixas, mesas ou carros de chá.
Os trabalhos desta artista são executados, expostos e vendidos na sua loja, no Largo dos Caeiros,76


CALÇADO

Na sua oficina da Sonega, Francisco Rosalino Guerreiro fabrica botas caneleiras, as tradicionais botas alentejanas, cada vez mais procuradas, porque aliam conforto e resistência.
As botas são criadas por encomenda, e moldadas ao pé do seu futuro propretário.
Uma visita à oficina da Sonega deixá-lo-á familiarizado com esta arte e com as múltiplas ferramentas tradicionalmente utilizadas na confecção do calçado.


CORREARIA

O Cercal tem tradição em trabalhos de correaria, de que o seu representante é, actualmente, o artesão Francisco Pires Godinho.
Das mãos deste artista saem carteiras, sacos, pastas, cartucheiras, cintos e outras peças que a imaginação lhe dita e a perícia executa, num esforço permanente de adaptação aos gostos de uma clientela tradicional e às exigências mais práticas dos novos clientes.
A sua oficina/loja está aberta ao público, na Rua Teófilo Braga, 102, onde se pode apreciar ao vivo o seu trabalho e adquirir as suas peças.

MINIATURAS EM MOVIMENTO

O artesanato em movimento alia a reprodução em miniatura dos objectos à atribuição de vida, através da utilização de mecanismo eléctrico.
É na Aldeia do Cano, a poucos quilómetros do Cercal, que Armindo Ramos Lacerda constrói habilidosamente as suas miniaturas.
Os seus trabalhos são geralmente representações de profissões rurais ou de actividades relacionadas com a agricultura e o Alentejo.
Através de um mecanismo eléctrico inventado por si, tudo funciona, desde o tirador de cortiça que trabalho com o seu machado, à padeira que põe o pão no forno, aos ciclistas que vão em corrida ou ao toureiro que se encontra na praça.


OLARIA

António Loução de Matos, filho e neto de oleiros, cedo aprendeu esta arte. Depois deixou-a e seguiu outra via profissional, mas nos últimos anos tem-se dedicado inteiramente ao barro, criando peças tradicionais de carácter utilitário, de que se destacam infusas, panelas, tabuleiros, assadores, alguidares, potes, quartas e palmatórias, que molda na sua roda de oleiro e que ele próprio coze, no forno que recuperou dos seus antepassados.
Nos últimos vinte anos, António Matos tem participado em inúmeros feiras de artesanato, onde leva as suas demonstrações de olaria ao vivo.
Os seus trabalhos, mais tradicionais, ou mais adaptados ao sabor dos tempos e dos gostos, estão expostos na sua loja, na rua 25 de Abril, 24


TRABALHO EM CORTIÇA

Joaquim Martins dos Santos dedica algum tempo à elaboração de “mochos”
Os mochos são bancos tradicionais alentejanos, de assento redondo ou quadrado, sem qualquer encosto, e para uma só pessoa.

É em Vale Manhãs-Tanganheira que Manuel Jacinto fabrica e vende os “cocharros” de diferentes tamanhos.
Os cocharros são utensílios que se usam para beber água, e que actualmente servem também para fins decorativos. Antigamente, eram acompanhavam os trabalhos do campo e era vulgar encontrá-
-los junto aos poços e às fontes, disponíveis para dar de beber a qualquer pessoa.
Diz a tradição que a água é mais fresca e saborosa, quando bebida por este copo que mais parece uma colher.
Cada cocharro é esculpido a partir de um fragmento de cortiça, desde que este que tenha uma concavidade correspondente a um nó da árvore de onde foi retirado.

A cortiça é também um material que se utiliza para a escultura. Com pedaços de cortiça previamente cozida, António Jorge de Sousa esculpe laboriosamente, a canivete, as suas elaboradas peças de escultura: quadros, flores ou animais.


TRABALHO EM MADEIRA

Manuel Francisco Gonçalves dedica-se ao fabrico de cadeiras em madeira de castanho, com fundo em madeira ou empalhado.
Trabalha a madeira com a maior das perfeições, com um torno eléctrico por ele inventado a partir de uma máquina de costura antiga, à qual aplicou um motor. Inventou também uma outra máquina, para apoiar a madeira, e que é a sua “ajudante”, na oficina da Fonte Santa de Baixo.

Sérgio Albino expõe na sua taberna, na Portelinha – Aldeia do Cano, as reproduções etnográficas, miniaturas em madeira de choupo, que executa laboriosamente com pequenas ferramentas e, sobretudo, com o seu canivete. As suas esculturas são inspiradas no trabalho do campo: as carroças e carretas, os animais, as alfaias agrícolas e as pessoas.

Também José Manuel da Luz é um artista que se dedica a esculpir pequenos objectos em madeira. A sua escultura reproduz a vida quotidiana no meio rural.

Joaquim Augusto, da Sonega, fabrica bancos e cadeiras em madeira de choupo ou laranjeira, com assento empalhado em corda; além disso, das suas mãos saem colheres de pau, que vende ao público.


TRAPOLOGIA

Trata-se de uma arte de embelezamento do lar.
Consiste no aproveitamento de excedentes de tecidos, para produzir tapetes, almofadas, colchas, bolsinhas, talegos e outros acessórios domésticos.
Angelina da Silva Fernandes, residente na Tanganheira, dedica os seus tempos livres a criar estas peças, que vai pacientemente compondo, pela junção dos pedacinhos de tecido.

Sem comentários: